domingo, 2 de março de 2014

O Vôo para o Novo



O Vôo para o Novo
Se pararmos para pensar qual é o sentimentos que mais nos impede de ir em frente, de tomar decisões, de fazer com que fiquemos inertes diante  da vida e principalmente nos faz refletir por horas e acabarmos por desistir do que verdadeiramente queríamos? É o APEGO!
Nos apegamos a tudo na vida. Ao material, a sonhos, a metas na vida , nos apegamos aos animais, ás outras pessoas e principalmente à vida.
O apego está intimamente relacionado ao medo. Medo de errar, medo de não dar certo, da escolha não ter sido a melhor, medo de perder, de não ter mais, medo de ficar só!
Por medo da vida, nos apegamos a ela. Temos medo de fazer algo novo, pois sabe-se lá o que a vida nos espera, então nos apegamos mais e mais ao que já vivemos, ao que estamos acostumados, ao que fazemos todo dia, pois temos medo da vida e suas surpresas.
Preferimos viver na frustração de manter tudo como está nos apegando até mesmo àquilo que nos desagrada, pelo medo do diferente.
Repetimos histórias, vivenciamos as mesmas tristezas e os mesmos erros, em função de um apego àquilo que já conhecemos, pois é mais fácil manter-se no conhecido do que desbravar o novo.
O medo do descobrir, do construir, do buscar algo, faz com que o ser humano apegue-se em pequenas coisas, transformando-as em grandiosidades e em necessidades insubstituíveis.
Muitos são os que se apegam a uma função profissional. A um cargo. A uma empresa. Não conseguem alçar novos voos, não conseguem almejar novos caminhos. Desejam ou até mesmo sonham em ter ou fazer algo diferente um dia, mas por medo de não conseguir, de não dar certo, apegam-se profundamente ao que possuem. Este comportamento gera frustração e decepção consigo.
Outra forma de apego é aos nossos bens materiais, ás nossas construções materiais.
Passamos anos trabalhando, fazendo economias, comparando carros, celulares, computadores, eletrônicos extremamente atualizados, compramos imóveis, montamos uma casa de forma impecável.
De uma hora para outra tudo muda, a vida nos mostra outras possibilidades, outros caminhos. Em função de um apego imenso e intenso por tudo o que adquirimos materialmente ao longo da vida, paralisamos diante da possibilidade de nos afastarmos ou nos desfazermos do que era nosso.
Surge então o conflito interno entre o desejo de prosseguir e conquistar algo novo, e o ter que deixar para traz o que já se construiu.
Na verdade, não possuímos absolutamente nada. Da mesma forma que conquistamos podemos perder com muita facilidade. Estamos apenas usufruindo de momentos.
E aí novamente vem o medo. O medo de nada ter.
Ah esse apego! Quantas oportunidades deixadas de lado? Quantas decisões erradas por medo? Quantas dores, angústias e frustrações por medo de desapegar-se.
Isso que não falamos ainda do apego das relações!
Bem aí teremos muito o que relatar.
Quantas relações amorosas que se mantém pelo apego? Quantas relações de amizade? Quantos relacionamentos familiares?
Mas e o que fazer com o medo de perder? O medo de não ter mais? O medo de ficar sozinho, de não ser amado, mais uma vez?
Acabamos mais uma vez sendo vencidos pelo apego, pela necessidade de manter tudo como está!
Mantemos relações, bens materiais, caminhos antigos, hábitos repetitivos, enfim, mantemos a vida refém do medo de desapegar-se!
Ame a si mesmo, ame seus valores, suas ideias, seus princípios, vontades, desejos e sonhos, só assim é possível libertar-se do apego e voar para a vida!
Por Nalú Vieira Alves

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