O Vôo para o Novo
Se pararmos para pensar qual é o
sentimentos que mais nos impede de ir em frente, de tomar decisões, de fazer
com que fiquemos inertes diante da vida
e principalmente nos faz refletir por horas e acabarmos por desistir do que
verdadeiramente queríamos? É o APEGO!
Nos apegamos a tudo na vida. Ao material, a
sonhos, a metas na vida , nos apegamos aos animais, ás outras pessoas e
principalmente à vida.
O apego está intimamente relacionado ao
medo. Medo de errar, medo de não dar certo, da escolha não ter sido a melhor,
medo de perder, de não ter mais, medo de ficar só!
Por medo da vida, nos apegamos a ela. Temos
medo de fazer algo novo, pois sabe-se lá o que a vida nos espera, então nos
apegamos mais e mais ao que já vivemos, ao que estamos acostumados, ao que fazemos
todo dia, pois temos medo da vida e suas surpresas.
Preferimos viver na frustração de manter
tudo como está nos apegando até mesmo àquilo que nos desagrada, pelo medo do
diferente.
Repetimos histórias, vivenciamos as mesmas
tristezas e os mesmos erros, em função de um apego àquilo que já conhecemos,
pois é mais fácil manter-se no conhecido do que desbravar o novo.
O medo do descobrir, do construir, do
buscar algo, faz com que o ser humano apegue-se em pequenas coisas,
transformando-as em grandiosidades e em necessidades insubstituíveis.
Muitos são os que se apegam a uma função
profissional. A um cargo. A uma empresa. Não conseguem alçar novos voos, não
conseguem almejar novos caminhos. Desejam ou até mesmo sonham em ter ou fazer
algo diferente um dia, mas por medo de não conseguir, de não dar certo,
apegam-se profundamente ao que possuem. Este comportamento gera frustração e
decepção consigo.
Outra forma de apego é aos nossos bens
materiais, ás nossas construções materiais.
Passamos anos trabalhando, fazendo
economias, comparando carros, celulares, computadores, eletrônicos extremamente
atualizados, compramos imóveis, montamos uma casa de forma impecável.
De uma hora para outra tudo muda, a vida
nos mostra outras possibilidades, outros caminhos. Em função de um apego imenso
e intenso por tudo o que adquirimos materialmente ao longo da vida, paralisamos
diante da possibilidade de nos afastarmos ou nos desfazermos do que era nosso.
Surge então o
conflito interno entre o desejo de prosseguir e conquistar algo novo, e o ter
que deixar para traz o que já se construiu.
Na verdade, não
possuímos absolutamente nada. Da mesma forma que conquistamos podemos perder
com muita facilidade. Estamos apenas usufruindo de momentos.
E aí novamente
vem o medo. O medo de nada ter.
Ah esse apego! Quantas oportunidades deixadas de
lado? Quantas decisões erradas por medo? Quantas dores, angústias e frustrações
por medo de desapegar-se.
Isso que não
falamos ainda do apego das relações!
Bem aí teremos
muito o que relatar.
Quantas relações
amorosas que se mantém pelo apego? Quantas relações de amizade? Quantos
relacionamentos familiares?
Mas e o que fazer
com o medo de perder? O medo de não ter mais? O medo de ficar sozinho, de não
ser amado, mais uma vez?
Acabamos mais uma
vez sendo vencidos pelo apego, pela necessidade de manter tudo como está!
Mantemos
relações, bens materiais, caminhos antigos, hábitos repetitivos, enfim,
mantemos a vida refém do medo de desapegar-se!
Ame a si mesmo,
ame seus valores, suas ideias, seus princípios, vontades, desejos e sonhos, só
assim é possível libertar-se do apego e voar para a vida!
Por Nalú Vieira
Alves
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