Algo
vem me chamando a atenção e me deixando pensativa ao dar meus cursos de reiki
...
Em qualquer nível do reiki, há
sempre uma discussão mais afoita a respeito do chakra cardíaco. Mas porque
será? Que chakra é esse? Como explicar de forma simples e sucinta para àqueles
que não estão acostumados com esse vocabulário?
Bem, vou ver o que consigo!
O chakra cardíaco fica localizado
bem no meio do nosso peito. Fica localizado bem em cima do osso externo, ligado
a nossa glândula Timo.
Até aqui tudo bem! Mas o que tem
esse chakra?
Ele é o responsável pelo amor
incondicional. Pelo sentimento de doação, de entrega, de caridade, de
compaixão, e principalmente, do perdão!
Mas e o que é esse tal amor
incondicional? É o amar sem esperar nada em troca. É a entrega de seus
sentimentos sem condicionar absolutamente nada, ou seja, amar por amar! Aquele
negocio de que “eu amo mas...” não existe para o chakra cardíaco! É
simplesmente “Eu amo”!
Mas e daí? Isso é fácil, você deve
estar pensando! Mas não, não é!
Costumamos amar mediante uma troca.
“Eu vou te amar se tu me amar também!”, “Eu vou cuidar de ti, mas mais tarde é
tu que vai ter que cuidar de mim!”, “Eu te dou um carinho se tu fizer alguma
coisa pra mim!”. Às vezes as coisas não são ditas claramente, mas
subentende-se, e daí sim a coisa fica pior!
Verbalizar que se é uma boa pessoa,
que faz caridade, que da comida aos pobres, dinheiro para os necessitados e
roupas para os desabrigados, não representa uma pessoa com um cardíaco
equilibrado. Pelo contrário, a necessidade de exposição é muito maior que a de
fazer a caridade! Esse não é sentimento de cardíaco! Esse chakra não necessita
expor suas qualidades, seus valores ou suas ações, ele simplesmente faz pelo
prazer de fazer o bem! Não necessita aplausos, não necessita aprovação, apenas
o faz!
Costuma-se dizer que amor de mãe é
incondicional, não é não! E desculpem-me as mães, também sou de três filhas
lindas e amadas, mas dizer que instintivamente a mulher ama incondicionalmente
seus filhos não é verdade! Quantas e quantas vezes as mães chantageiam seus
filhos para que eles não saiam? Para que eles não façam uma viagem para que não
fiquem longe delas? Ou até mesmo, procuram de alguma forma “atrapalhar” as
relações afetivas de seus filhos só porque não gostou da namorada ou namorado
deles? Isso é amar incondicionalmente? Lamento, mas não é! Isso é amar de forma
condicional! Mãe exerce um sentimento de posse muito grande sobre seus filhos!
Não é por maldade, mas o faz! Daí não é amor de Cardíaco, pois este chakra não
conhece a possessividade, a chantagem, a imposição! Ele vivencia a liberdade, a
paz, a harmonia, a cumplicidade, a parceria, a torcida pelo crescimento do
outro, é aquele momento em que uma mãe diz que apenas deseja que seus filhos
sejam felizes, e não se importam com o que, com quem e de que forma!
Com certeza muitas dirão: “Faço o
que faço por amor a meus filhos! Quero o melhor para eles!” Lamento dizer, mas
não é pelos filhos mas sim por você mesmo! Qual mãe vai querer assumir que seu
filho ou filha está totalmente na contramão do que a sociedade impõe? Qual mãe
que passou anos de sua vida educando um filho para ser médico e ele lhe diz que
quer ser mecânico e que vai demonstrar extrema satisfação com isso? Nada contra
os mecânicos, mas infelizmente, vemos a manipulação e a chantagem no
comportamento materno! E o que os outros irão dizer? E os filhos das melhores
amigas que deram continuidade na profissão de seus pais? Não lhe deram esse
desgosto! Isso só falando nas questões profissionais! Imagine quando
mencionarmos as questões relacionadas à sexualidade?
Cria-se uma filha para ser uma Miss,
uma Modelo, pra dar continuidade à família, para dar-lhe netos lindos e amados!
Daí essa filha lhe aparece com uma namorada e o pior, lhe diz que não quer ser
mãe de jeito nenhum! Acabaram seus sonhos! Novamente digo: nada contra a
homossexualidade ou ao fato de uma mulher não querer ter filhos, mas essa é uma
realidade que estamos vivenciando com muita frequência nos dias atuais.
Como lidar com estas frustrações e
decepções em relações aos filhos? Amando-os com o Cardíaco! Não esperando que
eles supram suas carências, seus desejos, anseios e expectativas. Suas
frustrações não são com eles, são com vocês mesmos! Ama-los com o cardíaco é
ama-los do jeito que são, com suas escolhas, seus caminhos, vontades e desejos!
É amá-los nas suas deficiências e nas suas qualidades! É simplesmente amá-los,
só isso!
Então, mães maravilhosas, não fiquem
chateadas com o que digo, mas deve-se amar mais com o Cardíaco para que os
filhos sejam mais seguros, felizes e completos!
E o perdão? Onde entra este tão
misterioso sentimento? Pois é!
Costuma-se perdoar a todo instante, mas não é o perdão do cardíaco, pois
este não necessita falar, expressar, mostrar e sim, apenas vivenciar o perdão!
Ele não volta no tempo e cobra o que aconteceu! Ele não vive buscando no
passado situações que vão prender o outro, que vão fazer com que a outra pessoa
sinta-se culpada por seus erros. Ele simplesmente não mais vivencia tais
sentimentos.
O perdão é uma mágica, uma dadiva,
um bálsamo que Deus nos ofereceu para que consigamos viver melhor e em
harmonia! Mas é muito difícil chegar nisso!
Muitas vezes ouço, em consulta,
falarem que “perdoaram seu marido pela traição que sofreu”, e ao mesmo tempo,
comenta que lembrou ele do quanto ela sofreu com a traição, para que ele não
esqueça jamais e saiba que não haverá uma segunda chance! Gente, isso não é
perdão, é simplesmente uma tentativa de manter um relacionamento. Quando a
gente perdoa, não precisa lembrar a outra pessoa do que aconteceu, ela já sabe!
Fala-se muito em perdão, mas
esquece-se de vivencia-lo. Quando a gente perdoa a gente não precisa mais
lembrar de nada, pois já foi, é passado! A gente passa a viver de forma livre,
solta, aliviada, e não com cobranças, com medos e receios! O perdão verdadeiro
inicia com o perdoar a si mesmo, diante de tantos males que causamos para nós,
para nosso corpo, nossos sentimentos, nossas relações, enfim, o quanto nos
boicotamos, não nos permitimos viver em harmonia, em paz, buscando o que
realmente desejamos para nós e vivendo realmente o que somos e o que queremos!
Nós mesmos precisamos de perdão! Quando soubermos nos perdoar por tanto sofrimento
que nos causamos, daí sim, podemos dizer que perdoamos um outro alguém!
Bem, acho que é isso, falar do
Chakra cardíaco é falar de amor verdadeiro. O exemplo clássico que dou em meus
cursos e que todos começam a rir e dizem que sou uma romântica que vive de
utopias é o de que amar de forma incondicional é quando a pessoa que a gente
ama olha e nos diz que não quer mais estar ao nosso lado e que quer ir embora,
daí a gente olha, sente uma dor no peito e deixa o outro ir, desejando-lhe toda
a sorte do mundo e que seja muito feliz! Isso é amor do Chakra cardíaco, o amor
verdadeiro e livre!
Sim eu amo, não prendo!
Um grande beijo no coração de todos!
Psic. Nalú Vieira Alves.
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