terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Transgredindo a Transgressão


A palavra Transgredir é um verbo transitivo direto que tem como significado o “ir além de”, “atravessar”, “deixar de respeitar”, “deixar de cumprir”. Seu significado sempre foi visto como negativo, entretanto podemos dar-lhe uma nova forma, pois transgredir não precisa ser apenas  um infringir regras e leis, mas uma modificação de comportamentos sem necessariamente desrespeitar, pode ser um pensar, falar, agir, carregado de compromissos. Então, transgredir não necessariamente precisa ser negativo, pelo contrário, através  dele, pode-se chegar a novas conquistas, novas formas de vida, novos valores e tudo isso, sem esquecer da responsabilidade, do compromisso e da integridade de cada um de nós!
Nada melhor do que transgredir a si mesmo! Fazer diferente, romper pré-conceitos, alterar comportamentos, enfim, experimentar aquilo que lhe parecia tão distante.
Com certeza devemos sempre procurar o limite das coisas, não precisamos transgredir com desrespeito e/ou irresponsabilidade. Não se pode confundir o ousar com o viver sem limites.
Podemos sim fazer coisas antes impensadas sem prejudicar o outro e a nós mesmos.
Hoje, transgredi tudo que pude, em nenhum momento distanciei-me de meus valores e princípios.
Consegui fechar pela segunda vez meu consultório por mais dez dias, dois meses seguidos! Isso era inimaginável!
Fui viajar para fora do Estado e rever uma praia e familiares que não via há vinte anos! Isso é o melhor!
Tomei muito banho de mar, atravessei a costa a pé, por água, entre caminhadas e mergulhos. Peguei peixe e camarão direto dos pescadores, fiz caminhadas, trilhas, explorei lugares antes nunca vistos!
Pulei carnaval à beira mar! Há mais de vinte anos que não pulo carnaval! Música ao vivo, muita gente, muita alegria!Bloco de rua gente!
 Coquetel à beira mar, milho cozido, banhos, enfim, tudo diferente!
Consegui até mesmo uma camiseta do meu time favorito com o nome da praia!
Pois é! Transgredi tudo! Fiz muita coisa que no meu dia-a-dia fica pra depois!
Mas dentro disso tudo o que mais me deixa satisfeita foi ver que consegui transgredir sem violentar meus princípios de respeitabilidade ao outro e a mim.
Não precisei ultrapassar regras, invadir espaços alheios, ou até mesmo avançar os limites entre o prazer e o abuso.
Sim, foi prazeroso fazer e transgredir a mim mesma! Foi maravilhoso ver e sentir que se pode fazer tudo o que se quer! Que se consegue viver livre e prazerosamente sem correr o risco de ferir alguém, machucar sentimentos e esquecer-se de si!
Transgridam, mas com consciência, não controle, mas com a certeza de que se pode fugir da rotina monótona para vivenciar algo mais intenso, mais dinâmico e criativo, e o melhor, aprender que é possível isso tudo mesmo no nosso dia-a-dia.
Pisic. Nalú Vieira Alves


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