sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Infância perdida! Será?



Ultimamente ouve-se falar muito que nossas crianças e adolescentes não sabem o que é ter infância.
Que na nossa época sabíamos pular de árvore em árvore, corríamos pelas ruas, brincávamos de pular corda, jogar bola, bater lata, bolita, boneca, enfim, sabíamos viver!
Nossos pais não se preocupavam em saber onde estávamos, pois a casa do vizinho era como se fosse a casa de nossos pais, ou seja, segurança e proteção.
Nossas escolas eram mais cuidadas, os professores mais criativos, nossas aulas eram produtivas e respeitávamos nossos professores como a nossos pais.
Hoje, não temos nada disso!
Encontramos crianças que não sabem correr, não sabem jogar bola, pular ou subir em uma árvore. Temos crianças que ficam em frente de computadores, de vídeos games, televisores, que só sabem brigar, lutar, competir. Desrespeitam professores e até os pais!
Meninas de 4 e 5 anos desfilam nas passarelas, competindo como mulheres. Meninos participando de esportes violentos e radicais, como se fossem homens fortes e robustos.
E a violência? Pois é! Quanta criança e adolescente sofrendo de “bullying”! Por que será?
Quando vamos parar de reclamar de nossas crianças e adolescentes e voltarmos os olhos para a realidade?
Quando vamos deixar de ser egoístas e vivermos nos nossos pensamentos saudosistas e realmente passar à nossas crianças o que tivemos de nossos pais?
Vamos devolver a infância e adolescência aos nossos filhos! Pois eles não vão até as passarelas sozinhos, nem aos campos de competição! Não possuem cartão de crédito para comprar as tecnologias que tanto reclamamos! Não são agressivos à toa, pois não nasceram sabendo bater, gritar, surrar, abusar, enfim, são apenas uma construção do que fizemos!
Quem sabe chegou a hora de pararmos com saudosismo e começarmos a dar um pouco de nossas lembranças positivas de nosso passado tão feliz?
Devolvamos a infância à nossas crianças e a adolescência à nossos “aborrecentes”! Permitamos que construam seus valores, seus sonhos, seus sentimentos!
Não adianta nada darmos um presente qualquer por um dia que não mais tem o mesmo significado. Temos obrigação de resgatar o verdadeiro significado de ser criança para darmos a eles o maior presente que poderíamos dar: DIGNIDADE!
Psic. Nalú.

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