quinta-feira, 3 de maio de 2012

Evoluindo o estudar!


É importante iniciar o ano de forma organizada e equilibrada. Retomar a rotina, avaliando as dificuldades previstas para as crianças que estão ingressando nas atividades sociais.
Sabendo que a criança atravessa diferentes fases da vida, o que também provoca diferentes formas de comportamento; é necessário estar atento para perturbações nas quais nem sempre são verbalizadas.
Vejamos os primeiros dez anos de vida considerados fundamentais.
Felizmente para a maioria, os pais permanecem ao lado de seus filhos guiando e orientando até estar capacitado a seguirem a vida com seus próprios passos, considerando o fator de saúde mental do adulto como modelo que foi estabelecido durante os primeiros anos de vida.
Aos seis e sete anos a personalidade já está bem moldada. Veja bem mamãe ou papai, se atualmente você é honesto ou desonesto, merece confiança ou não, acata a autoridade ou a desacata, convive bem com as pessoas ou não; procure lembrar como você era quando estava no quarto ou quinto ano da escola e verá o quanto tem em comum com seu filho (a). Se caso tenha dificuldades com as coisas e pessoas que o cercam é fácil apostar que as raízes desse desajuste foram plantadas lá atrás, naqueles primeiros dez anos de vida.
Também é válido saber que toda criança atravessa três importantes fases de desenvolvimento. Cada um deles está associado a uma parte específica de sua anatomia que é temporariamente o centro de interesse da criança.
São elas: a boca, os esfíncteres, e o aparelho genital, não só se tornam objeto de atenção muito especial, como também as experiências a eles associadas tornam-se a origem de técnicas de obtenção de satisfação e combate às frustrações.
É através da relação com os pais durante essas fases que a criança aprende (ou deixa de aprender) o que deve ser amado; ela começa a amar e desenvolve técnicas que as unem às pessoas e as pessoas a ela; é um longo caminho do seu desenvolvimento psicológico.
O bebê inicia o processo de alimentação onde é o centro de interesse, sua boca é o importante ponto de contato com o mundo. A fase oral tem muito a ver com o grau de dependência ou independência do adulto. Sabemos que ela associa e equipara o alimento ao amor durante o resto da vida. Ela foi à introdução a nossa técnica de receber, obter ou tomar. Mais tarde, em nossas experiências empregamos os mesmos métodos no convívio com as outras pessoas, como aprendemos nas primeiras lições.
O estágio anal da maior importância para a formação do caráter e relacionamento com as outras pessoas é o aprendizado dos hábitos de higiene.
Desde muito cedo a criança aprende que o que ela faz, ou deixa de fazer, tem muita relação com a aprovação e o carinho que recebe, passando a ser “o meninão da mamãe” ou simplesmente “mau”.
Não há dúvida de que as experiências relacionadas ao aprendizado dos hábitos de higiene e as resultantes afinidades com os pais estabelecem os precursores de muitas atitudes e práticas de nossa vida futura.
Com essa experiência aprendemos a ganhar amor, elogios e aprovação.
Com três e quatro anos de idade, desperta a curiosidade sexual, onde o corpo é o foco de atenção, sendo utilizado como instrumento de aprendizagem, e dos seis aos oito anos de idade, essa intensidade fica adormecida, é uma fase na qual o corpo fica de lado, e as crianças se voltam mais para as brincadeiras e atividades sociais.
Uma das principais responsabilidades dos pais é ajudar a criança a passar de uma fase de desenvolvimento para a próxima.
Importante é também não precipitar a passagem da criança de uma fase de desenvolvimento para a seguinte. Ela irá progredindo com um pouco de estímulo, desde que esteja psicológica e fisiologicamente preparada para isso. É um pouco parecido com o subir uma escada, cada degrau pede coragem, cada passo para cima significa o abandono de certa segurança. É muito mais fácil ficar em um nível onde você sabe que está seguro e sente satisfação do que subir adiante.
Esse negócio de crescer, cada passo nos faz tomar um pouco mais de responsabilidade, para conosco e para com o mundo.
É muito comum a criança resvalar e regredir. A regressão ocorre comumente quando o esforço é superior a resistência.
Então cuidado.
Vale lembrar que o profissional que estuda o desenvolvimento emocional da criança pode contribuir com seus conhecimentos auxiliando no entendimento e na melhor forma de administrar os conflitos vivenciados.
Cuide de suas crianças, regue a relação com carinho, amor, compreensão e atenção, para que possa florescer um crescimento mais harmônico.

Dados adquiridos do livro ABC da Psiquiatria de William Leaf.
Referente à idade cronológica citada no texto, pode haver uma pequena variação de um autor para outro.
Psic. Simone Schmidt

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