terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O abrigo inicial de nossa alma!


O representante fisiológico da natureza feminina é o útero. Caracterizando originalidade e espontaneidade.
Órgão responsável pela expulsão da menstruação, pela gestação e também pela execução do trabalho de parto. Apresenta uma parte maior chamada de corpo do útero e outra afunilada que é conhecida como colo do útero. No seu normal costuma medir 7,5 cm de comprimento por 5,0 cm de largura.
Fisiologicamente falando, quando o útero não está gestando, apresenta a função de promover a menstruação.
A representação simbólica do útero no emocional é o de abrigar, como um berço, um corpo minúsculo com seu espírito puro e original, ou seja, local onde formar-se-á um ser em contínua evolução. Dependendo da forma que ocorre a gestação e a continuidade  da mesma, teremos neste ser que ali se abriga, uma energia evolutiva ou deficitária. Ou seja, o processo gestacional é a fonte de energia da alma.
Com isso, verificamos que, na mulher, quanto mais ela consegue ser original, verdadeira e autentica em sua vida, mais ela consegue creditar boas condições de saúde ao seu útero e a partir disso, ao gestar, transfere sucessivamente ao seu filho, suas características de personalidade, sendo positivas ou negativas.
Ao longo de nossas vidas, recebemos informações e ensinamentos de pessoas muito próximas a nós. Recebemos como verdade absoluta e não questionáveis. Em nossa educação, nos é dito que devemos sempre manter a serenidade, a tranqüilidade, não devemos contrariar, devemos ser comportados, responsáveis e principalmente sempre obedecer àqueles que hierarquicamente representam autoridade.
Bem, essa é a educação passada. Entretanto não há uma obrigatoriedade de seguir o que não está de acordo com o perfil de personalidade de cada um. Devemos nos construir associando essas informações passados, com nossos valores, ideais e regras pessoais.
Quando seguimos a risca, sem nos darmos o direito de selecionar e escolher o que realmente nos preenche, deixamos de ser originais e espontâneas, nos frustrando e decepcionando não somente com a vida, mas com nós mesmas. Neste momento, estamos dando às costas as características principais de nosso útero: originalidade e espontaneidade.
Geralmente, nós mulheres, costumamos assumir papéis impostos, como os de submissão, de adaptação total ao estilo de vida que o companheiro traz de sua história. Torna-se fácil para a mulher assumir essa postura, pois não precisa batalhar por seu espaço, buscar conquistas, assumir erros, falhas, apenas viver aquilo que não é seu, e sim, de seu companheiro. Reprime-se para depois depositar nele suas frustrações. Na verdade, essas escolhas não são conscientes, ninguém “gosta” ou “prefere” viver desta forma. Entretanto, muitas são as vezes e situações em que a vida mostra tais fatos, e a mulher prefere manter-se nessa inconsciência de escolhas.
Se cada mulher assumisse a postura de vitoriosa na vida, de autenticidade no comportamento, de escolhas no dia a dia, as relações amorosas seriam mais serenas, mais autênticas e mais leais em sensações.
Seria de suma importância a mulher em geral, assumir sua força, sua criatividade, sua forma de ser, seus planos, projetos, enfim, sua vida, pois somente assim passará a deixar de ser àquela que nasceu para ser boa esposa, boa mãe, boa amiga para ser, além disso, boa profissional, boa estudante, boa empresária, enfim, boa pessoa em tudo que o fizer.
Quando a mulher procura se esconder e deixa de ser original e espontânea, somatiza em seu útero problemas como os miomas, fibromas, tumores em geral, pois passa a ocupar um espaço interior que originalmente era seu, para abrigar algo sem vida, e que lhe faz lembrar a estagnação de sua vida e gera culpa, frustração e decepção consigo mesma. 
 O mioma representa o próprio abandono da mulher em relação a ela mesma, é a representação física de sua estagnação e recolhimento a cerca de cortes e repressões em sua personalidade, em sua originalidade e espontaneidade. É um voltar no tempo e rever novas formas de preencher-se com fatos, palavras, conquistas e principalmente com valorização plena e de autenticidade.
Mulheres... sejamos originais e espontâneas como nossos úteros são todos os meses quando menstruamos, e quando não, abriga com amor e devoção um novo ser, cumprindo seu papel protetor e acolhedor.
Não precisamos massificar nada em nosso interior, mas sim, suavizar nossas buscas, nossas glórias e nossas conquistas.


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