sábado, 7 de janeiro de 2012

Emoção: A Aliada do Coração


O batimento cardíaco é um ritmo harmônico e estreitamente controlado. Se, durante o funcionamento rítmico, o coração de repente bater mais devagar ou se acelerar, estará acontecendo um distúrbio da ordem cardíaca, ou seja, um desvio do equilíbrio normal.
Se levarmos em conta os vários usos idiomáticos da palavra coração, veremos que ela sempre está associada a situações de cunho emocional. Uma emoção é algo que o ser extravasa, é um movimento que parte de seu íntimo (do latim, emovere = mover para fora de si mesmo) Diz-se: meu coração pula de alegria – meu coração parou de tanto medo – meu coração está prestes a estourar de tanta alegria – meu coração parece querer saltar do peito – meu coração ficou entalado na garganta – sinto um peso no coração – eu a tinha perto do coração – o seu coração levou a situação muito a sério. Se falta a uma pessoa esse lado emocional que independe da razão, ela dá a impressão de ser impiedosa (sem coração). Se dois amantes se casam, dizemos: eles uniram seus corações. Em todas essas expressões o coração é o símbolo de um centro do ser humano que não é controlado nem pelo intelecto nem pela vontade.
Podemos até mesmo afirmar que os seres humanos têm dois centros: um superior e outro inferior – cabeça e coração, entendimento e sentimento. De uma pessoa “perfeita” esperamos que ela tenha ambas as funções em equilíbrio harmonioso. A pessoa puramente intelectual causa uma impressão unilateral e fria. O ser humano que só vive dos sentimentos nos parece muitas vezes caótico e desorganizado. Só quando ambas as funções se completam e se enriquecem mutuamente é que a pessoa nos parece “inteira”.
As perturbações cardíacas costumam atacar aquelas pessoas que não estão preparadas para serem sufocadas por uma “antiga emoção” que as arranca da rotina corriqueira. Nesses casos, a perturbação cardíaca acontece pelo fato de faltar segurança às pessoas que se deixam envolver por suas emoções. Elas se apegam ao raciocínio e a um estilo habitual de vida e não estão dispostas a permitir que essa rotina seja perturbada por sentimentos e emoções. Não desejam que a regularidade de sua vida seja perturbada por extravasamentos emocionais. No entanto, nesses casos, a emoção apenas se somatiza e o coração começa a apresentar problemas por conta própria. O batimento cardíaco se acelera e força tais pessoas a “ouvir seus corações”.
Podemos senti-lo e ouvi-lo em condições de estresse, quando ficamos emocionados ou doentes. A batida cardíaca chama nossa atenção consciente só quando algo é excitante ou se grandes modificações estiverem prestes a ocorrer em nossa vida. Eis aí a chave para descobrirmos e entendermos todos os nossos problemas cardíacos: os sintomas cardíacos nos forçam a “ouvir nossos corações” outra vez. Os pacientes cardíacos são pessoas que ouvem unicamente suas cabeças e cujo coração não tem quase nenhuma importância.
Quando o medo de ter sensações ou sentimentos se torna grande demais, a ponto de a pessoa só confiar numa regra absoluta, ela se submete à instalação de um marcapasso. Nesse caso, o ritmo vivo é substituído por uma máquina ritma. O que até então era feito pelo sentimento, é assumido pela máquina. Perde-se de fato a flexibilidade de adaptação do ritmo cardíaco mas, em compensação, os sobressaltos de um coração vivo deixam de representar uma ameaça. Quem tem um coração “apertado” é vítima de suas forças egóicas e de sua ânsia de poder.
vimos que o hipertônico é uma pessoa agressiva que reprime a própria agressividade através do autocontrole. Essa estagnação de energia agressiva se descarrega por meio do infarto; o coração parece despedaçar-se. O colapso cardíaco é a soma de todos os socos que não foram dados.
Psic. Nalú!

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