sábado, 7 de janeiro de 2012

O que a hérnia de disco tem a nos dizer


E a hérnia de disco, é ou não uma doença orgânica? Existe uma lesão irreversível? Aparentemente não. O nome hérnia não é o melhor nesta situação, porém o uso o consagrou. O disco é um amortecedor que fica entre uma vértebra e outra. É feito de um tecido fibro-cartilaginoso e tem um núcleo gelatinoso.
O disco tem como função amortecer o impacto de uma vértebra sobre outra e também proteger as saídas das raízes nervosas de dentro da medula espinal. Cada espaço entre uma vértebra e outra sai um nervo que irá alimentar cada partezinha do nosso corpo, seja um órgão nobre como o fígado ou um pequeno músculo no pé.
Quando começamos a colocar um peso - exagerado, em alguns casos - em cima dessas vértebras e por conseguinte desses discos, juntando-se a isso, o excesso de trabalho em atividades forçadas, como abaixar continuamente, levantar muito peso, torcer a coluna, ou ainda ao contrário, ficarmos muito tempo inativos em posições estranhas como sentar - sim, sentar é pior para a coluna do que ficar de pé - os nossos discos acabam suportando uma pressão para a qual não foram "construídos".
O disco então vai se achatando ou se colocando para fora do eixo original. Em uma situação extrema, o anel fibroso se rompe e libera a geléia que guarda dentro, diminuindo ainda mais a sua capacidade amortecedora e criando uma estrutura externa que vai irritar a raiz nervosa.

E como a acupuntura pode agir na hérnia de disco?
A acupuntura pode agir de várias maneiras. A primeira é através da sua reconhecida capacidade analgésica. A segunda é através da ação antinflamatória. Sim, a acupuntura exerce intensa ação antinflamatória. Outro efeito da acupuntura, extremamente eficiente -talvez o melhor - é aquele relaxante muscular. Os músculos da coluna - que a mantém no lugar - são os principais responsáveis pela compressão dos discos. Ganham de longe dos traumas, pois acontecem rotineiramente, mesmo enquanto as pessoas dormem.
Pois a ação miorrelaxante da acupuntura é aquela que melhor resultados vai produzir no alívio não só dos sintoma da compressão - dor, formigamento, perda de força - como também na causa da patologia, que é justamente essa contratura muscular, não importa de onde provenha.
Ocasionalmente nos quadros de dor crônica. É possível ocorrer distúrbios psicológicos, por interferir negativamente nas atividades normais das pessoas, limitando-as. A dor crônica muitas vezes é acompanhada de quadros de ansiedade e de depressão. Dependendo da sua intensidade e duração, tanto a ansiedade como a depressão pode influir no resultado do tratamento. Quando as alterações são de curta duração, prejudicam a atividade do paciente e este tem o real desejo de voltar rapidamente à normalidade, as alterações psicológicas tendem a desaparecer com o tratamento da causa da dor. Por outro lado, paciente com dor crônica, deprimido, afastado do seu trabalho e das atividades normais, pode criar um vínculo de dependência com familiares, cuidadores e com a própria dor crônica, da qual não querem ou não podem sair com facilidade. Nestes casos o tratamento deve ser mais abrangente e não se restringir à remoção da causa da dor. Os resultados do tratamento são muito mais eficazes quando é feito de forma integrada, envolvendo vários profissionais.
Simbolicamente, na psicossomática, uma pessoa sofrendo de hérnia de disco, está a nos dizer que está profundamente indecisa quanto a sua vida. Que se sente totalmente desamparada e seus pensamentos a deprimem, pois impossibilitam que ela encontre saída para essa situação. A hérnia mostra, simbolicamente, o quanto a pessoa se sente amarrada, o quanto os movimentos estão presos e essa dificuldade é gerada porque o apoio necessário para a movimentação não é encontrado. Isso ocorre quando a pessoa não recebe apoio de alguém, no momento em que mais precisa.
Exatamente por esses motivos simbolicamente expressos, é que faz-se necessário um tratamento completo, não somente físico, mas emocional e energético.
Através da acupuntura também podemos tratar a ansiedade, a insegurança, a dor e por fim, a estabilidade emocional para que a pessoa possa encontrar nela mesma essa segurança e não necessariamente depositar esse sentimento em outra pessoa.
Psic. Nalú!

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